Interior FC

Tô cansado.

In Música, Pensamentos, Pessoa, Vida on abril 22, 2009 at 8:32 am

To cansado.
De saco cheio de tudo.

ponto final.

…El Proyecto de la Cocina del Infierno..

In Música, Pensamentos, Pessoa, Vida on abril 14, 2009 at 12:06 pm

Como começar essa trajetória escrita, da THKP?! Malk e Buddha já escreveram sobre, enquanto eu “preso” nas minhas fantasias musicais da cozinha. 😛

Enfim, agora vou falar um cadim da minha visão sobre a Hells, desde o ínicio até agora. Dia 13 de Abril de 2009.

Acho que o começo se resume a vontade. É tb creditado a todo um universo que construímos anteriormente ao nosso produto final: música.

O primeiro contato musical-prático de nós três foi na Vowels, no tempo com os três já exercendo a função que nos segue até hoje: Voz, Baixo e Bateria. Junto com Fred na guitarra e Guy no violino. Fizemos 3 shows em 2005. E uma luta sem pausa para que não houvesse tantos covers e mais música própria. #Fail. Depois de mais de um ano de banda, só uma música própria e uns 12 covers. A consequência disso foi a separação da banda pois não estavam suprindo uma realização de cada um, ou com estilo dos covers ou com a vontade de criar. A minha primeira banda, tosca pagarai, era de música própria. Acostumei desde cedo a fazer e querer criar, aliás, trabalhar pq só tenho a técnica vocal até então no meu currículo. Mas sempre quis buscar uma identidade e não usar a dos outros.

Em Outubro de 2006(ano arregaçado de ruim), me vejo com buddha num desses bares espalhados pela savassi. A procura por algo para ocupar mais nosso tempo, uma distração, e veio quando o Buddha disse: “E se a gente fizesse uma banda, só eu, vc e o Malk?” E eu disse:” E a guitarra?” Ele não só afirmou, como decidido disse: “Sem guitarra! Só nós três.” E eu pensei: “Doido!”. Claro meio assim né?! O que será que vai dar?! Mas lembro que naquele momento uma das coisas que eu mais ouvia era Yeah Yeah Yeahs, já que iria no show no mesmo mês. Acreditei. Achei de verdade bacanudo, diferente, estranho e inusitado. Ligamos pro Malk de lá mesmo, ele topou meio:”É vamo v o que sai..”. A partir dali eu e buddha pensamos nos primeiros conceitos, desde fazer Eps por tema, como pegar um filme e fazer música inspirado nele à até estilos musicais diversificados. O nome The Hell’s Kitchen Project, tb veio deste encontro. A “Cozinha do inferno” surgiu devido ao baixo + bateria, mas não foi um nome que dei, lembro do Buddha tendo essa idéia. Aprovei. E tomei mais um gole de cerveja 🙂

Com isso, em uma semana, já tínhamos a arte de wallpapers, nome e logo. Primeiro ensaio? Na casa do Malk, como de costume, até hoje. Foi estranho. Diferente demais, sem referência alguma. Mas gravamos tudo, temos até hoje gravado o primeiro ensaio. Medonho. Depois de um tempinho fora dos estúdios devido a uma molecagem minha de fim de semana, na qual rompi os ligamos do tornozelo esquerdo, voltamos em dezembro para o segundo ensaio da Hell’s Kitchen. Para a nossa surpresa, descobrimos que tínhamos química.

Em 4 ensaios, pós-rompimento de ligamento, concluímos três músicas: NOVA(a primeira música feita), Ferris Wheel(segunda música feita, que na verdade se chamava NOVA, mas por termos resgatado letras feitas no tempo da Vowels, se chamou Ferris Wheel por conta que a letra casou certinho) e Nouvelle Vague(por muito tempo sendo a nossa menina dos olhos, a música que faria as mulheres pirarem. Para mim enxergo nela simplesmente um quarto com uma luz baixa, uma mastro e uma stripper, fazendo suas gracinhas no rítmo da música). Daí, veio o primeiro desafio: uma tal de Funka. Hoje, Unbalance. Foi mais de um mês para finalizar ela com letra.

Aí sim! Temos música 🙂 Quatro na verdade. Em 2007, arriscamos tocar a primeira vez em um churrasco onde o público gostava de Black Sabbath. Legal neh? Uma banda sem guitarra e nem sinal de Ozzy Osbourne. Seguindo os meses fizemos o primeiro show no Matriz, com 6 músicas. Vieram a Loft(que para nossa surpresa, as mulheres gostam muito! Ela é bem, “lounge”) e uma intro, chamada hoje de Nuñez(presente nosso para nosso amigo Diego, tb conhecido na praça como Raziel Nuñez. Guy daqui a pouco faremos uma intro com teu nome). O show foi bacana, uma experimentação pra nós pq não imaginávamos como seria fora do pequeno estúdio do nosso tb amigo Daniel Silveira, onde tb era testado nosso som, uma vez e outra.

Fomos aos poucos ganhando forma, não só no palco, mas tb fora, com a parte gráfica feita pelo Buddha. Aos poucos fui ouvindo algo que eu achava que não iria ouvir jamais, Malk e Buddha acreditavam na coisa, sem escorregar hora nenhuma nas palavras. O projeto foi ganhando mais foco, ficando muito mais definitivo para cada um de nós, mesmo com problemas externos. Não só tendo cara mas tb produto: música.

2007 foi para testar o projeto. A banda. Cada um. Serviu para descobrir até bandas irmãs, sons que poderiam ser influência, estilos que poderiam ser incorporados na cozinha. Com um repertório maior, desta vez além de Nova, Ferris, Loft, Nouvelle, Nuñez e Unbalance, entraram na turma Stopped e Shake Slow(completamente uma oposta da outra). Além da intro: Fasten Yr Seat Belts, já tocada a rodo nos shows antes de Ferris.

Acredito que a Hell’s da o seu improve no som de 5 em 5 músicas. Foi assim com Loft( 5ª música do repertório) e foi com a décima música: Threat Detected. Nome que dei a ela devido a um anti-virus que insistia em mostrar uma ameaça de virus no computador do prof. da pós-graduação. O ano de 2007 terminou com a gente fazendo shows não só na Matriz mas tb na Obra. Onde hoje tb chamamos de casa. Neste momento é engraçado lembrar do nosso medo de tocar la a primeira vez.

Ano seguinte, 2008, entrou e o objetivo era ser visto. Que a maioria das pessoas em Belo Horizonte, Brasil e mundo nos enxergassem.

Começamos com um show duplo em fevereiro. Obra e Matriz. O show da Obra foi importante para nos soltarmos ainda mais no palco. Lá era um lugar mais difícil.

Crescemos mais como pessoa, como banda. Trabalhamos ainda mais a questão do conceito, a unidade e capacidade de cada um, não só musicalmente falando.

Tocamos no nosso primeiro festival: BH Indie. Tivemos duas datas. Foi fabuloso para nós tocarmos. Eu particularmente sempre quis tocar em festivais, o Malk e Buddha sabem, antes do show a nossa micro-reunião em cima do palco para agradecer sempre de estarmos juntos, seguindo e matando mais um leão por dia, não deixo de mentir né “One Day as a Lion”(piada interna / música nova)?

Gravamos nosso Ep no Studio Nafta, aliás, tão sonhado EP, que falávamos no início de 2007. Com 7 Músicas: Nova, Ferris, Nouvelle, Unbalance, Loft, Threat Detected e a recente: Art Nouveau(te amo! :p).

Com o Ep, conseguimos divulgar nosso som com mais calma e força, tirando aquele som sujo da câmera digital e apresentando ao público um som mais limpo, sem perder nossa característica e ainda se surpreendendo como o caso de NOVA que antes não era tão percebida ou escutada e hoje faz seu estrago 😛

A divulgação foi maior, sem medo, com mais propostas, sempre ligado a internet e contatos pessoais. Eu levo sempre aos eventos undergrounds ou não de Belo Horizonte a Hell’s Kitchen, me apresentando e contando o que é a Hells, com orgulho e certeza. Não é só internet tem espalhado nossa cara, nossa identidade, nossas cores e sons. Sei também que Buddha e Malk fazem seu trabalho. Aliás, quanto tempo já fiquei mostrando minha banda pro mundo que passa aqui no meu trabalho?

Em 2008 além de Londres conhecer, foi a vez de uma carga ótima de shows seguidos no segundo semestre, que possibilitou uma visibilidade ainda maior. Vide shows no Cineclube Savassi, onde o ambiente é muito confortável com nosso som. Tendo seus momentos de explosão e intimidade.

Este ano, 2009, mal chegou e em janeiro estávamos na seletiva para o Grito Rock, fizemos um show muito legal no Matriz, quebrando todos os tabus nossos no palco. Me lembro de não ter medo de aprontar muito la em cima. Mas infelizmente ficamos de fora. Falei com o Buddha e Malk: “Olha vou fazer esse show pro Coletivo Fórceps”(Para mostrar e a Hells e tb impressionar, de alguma forma, fiz o mesmo com o Coletivo Pegada). Eu sei lá por que tenho essa coisa de definir o público alvo antes do show sendo uma pessoa ou não. Mas não quer dizer que não faço o show para o público presente. Claro que sim! Eu sinto que preciso me focar em alguém ou um grupo para me libertar mais no palco. Só isso.

O Grito Rock não veio, mas o Conexão Vivo bateu a nossa porta e com muita gentileza e alegria, deixamos o evento entrar. Fizemos a etapa de Governador Valadares em março deste ano. Um presente! 🙂 Divino! Para a nossa surpresa, depois de uma ação promocional com divulgação de bubbles pela cidade e dos votos para a Hells entrar no Conexão Vivo em Belo Horizonte, fomos selecionados, de novo por curadoria(em GV tb foi), para tocar na nossa casa, para um público novo ou não. Mas não foi atoa que as lagrimas caíram. Ficamos felizes demais. Estamos, na verdade. A expectativa é grande, assim como a vontade de nos apresentar mais e mais vezes em eventos do porte ou em casas de shows meio escondidas pelo Brasil e mundo.

Estamos no Conexão Vivo!!!! :))))))

Ufa! Último parágrafo.

Eu me peguei um dia, vendo um dvd de show do Coldplay e parecia que eu já havia decidido o que faria na minha vida, devido a pressão do mundo(leia Brasil) que insiste em dizer que a arte é um hobby. No entanto neste dvd começou uma música e nos estouros de luzes e notas músicas, soltei assim querer: “Ainda vou ser músico”. Eu estava em uma fase que nem banda tinha, mas sabia que poderia acontecer ainda. Então eu gostaria de dedicar este parágrafo a todos (também) “responsáveis” por a gente ter chegado, por enquanto, até aqui. Eu acredito que ainda virá muita coisa, cada um quer algo: eu almejei algo mais “light” o falecido Tim Festival, o Malk quer rodar o mundo e Buddha já quer Glastonbury. Vai acontecer? Calma, a gente vai ter que caminhar muito, correr, fazer música, arte e viver. Mas dedico a todos que estão conosco nesta jornada: amigos, irmãos e irmãs, mães e pais, bandas, namoradas, colegas de trampo ou de bar, as casas de show, produções e apoio a música independente, que hoje é o que chama atenção. Também dedico aos caras fodaaassoss que criaram lá nas antiga o baixo, a bateria e o microfone (Cs são duca)! Agradeço demais a todo o apoio que eu tenho, teve gente que já me viu chorar por conta de banda, e por falar em banda, te agradeço The Hell’s Kitchen Project por cada dia, desde o dia 10 de Outubro de 2006, por me fazer acreditar que posso ainda alcançar o que almejo e realizar meu sonho(aliás, nossos). Não deixo nunca de beijar seu nome em um dos cartazes que tenho no meu quarto, mostrando o que sinto, já que “o amor é grande e cabe no breve espaço de beijar..”

Com todo respeito a nosso conceito, a esse universo que criamos e ainda está em desenvolvimento para atingir positivamente o mundo,

Eskerrik Asko(muito obrigado em basco)

Semper Fidelis,

Jon

1, 2, 3, 4..

In Música, Pensamentos, Pessoa on março 30, 2009 at 11:36 am

Hoje deu uma vontade de escutar Jeff Buckley.

Sei lá porque. É a chuva? Não sei tb. Veio essa sensação. Coloquei o Jeff pra soltar a voz no meu player.

Acabei me analisando a cada passagem das minhas duas faixas favoritas:

Grace e Lilac Wine.

A Grace é mais jovem. Limpa. Esperançosa. Feliz(?).

Eu não presto muita atenção nas letras, apesar de ser vocalista e nos tempos livres componho letras :P.

Para mim é o conjunto da obra que define as sensações e emoções que vem até mim para me completar ou me destilar.

Grace vai contando a sua história através de seu tempo particular, deixando as coisas para trás e querendo encontrar o futuro.

A melodia de seu refrão é tb muito fiel a essa sintonia de cores em um dia muito vivo. E o final da música, explode em um desabafo vocal, dizendo que vc pode realizar o que desejar que o universo irá te respeitar…

E seu solfejo, mostra que é realizado para pessoas que escutam música de olhos fechados…

Sensações. Sensações simplesmente movidas pela música, sem eu ler letra ou saber uma nota se quer ali.

Mudando o lado do disco:

Lilac Wine.

Outra faixa, cantada no início, meio baixinha, como um ode a amada. Em segundos a música vai ganhando forma, questionando o que fazer para ter o amor perto. É aquela vontade de estar junto, mas sem exatamente saber como fazer isso acontecer.

Simplesmente, a sensação é de se agarrar em algo, mas são só suposições, para trazer momentos e os rostos colados, de novo. Nem que seja só para um adeus.

Ao final da faixa, aquele silêncio aos 3:34s (interpretado como um ciclo que termina), perde força para um último ode, confirmado pelo sentimento – vontade – interior de se entregar em um último momento a pessoa, ainda se sentindo preso pela pergunta “por que não(pode acontecer)?”

E a própria resposta, triste, se repete, uma, duas, três vezes…concretizando aos 4:00s…deixando sua voz trêmula e miúda. sem mais luta. sem mais força.

v a z i o . .

Mas tudo isso, são só…sensações…